O cabelo ou pelo é composto
por células epidérmicas mortas que passaram por um processo de queratinização
incluindo a expressão diferencial de queratinas específicas. É derivado dos
folículos capilares ou pilosos, que são invaginações que se projetam da derme
ou hipoderme. A estrutura do cabelo
As raízes
Estão protegidas na derme, dentro do folículo
piloso, onde o cabelo é gerado e colorido.
A papila dérmica
O folículo piloso é o resultado de uma
associação e interação dos componentes dermal e epidermal. Localizada a 4 mm
abaixo da pele, a papila dérmica é formada por tecido conectivo que secreta
grandes quantidades de matriz extracelular. Altamente vascularizada, a papila é
a força real que dirige o folículo, provendo toda informação necessária para a
multiplicação e diferenciação das células da matriz e, deste modo, regulando o
ciclo de vida do cabelo.
A glândula sebácea
O folículo tem uma ou mais glândulas sebáceas
que, por sua vez, contêm uma grande quantidade de células, os sebócitos, que
são preenchidos por lipídios . A glândula libera seus lipídios na forma de uma
substância gordurosa, o sebo. Em quantidades normais, o sebo é essencial para a
lubrificação e proteção da fibra capilar mantendo sua flexibilidade e brilho.
Controlado por hormônios, o correto funcionamento da glândula sebácea pode se
tornar irregular, produzindo muito ou pouco sebo, o que acaba prejudicando o
cabelo. Se produzido em excesso, pode tornar o cabelo oleoso e pesado. Por
outro lado, a falta de sebo pode tornar o cabelo danificado, seco ou opaco.
Os queratinócitos
Os queratinócitos do folículo piloso são
células que se multiplicam numa taxa muito maior do que os queratinócitos da pele.
Além disso, eles se diferenciam para formar as diferentes estruturas do cabelo.
A produção e armazenamento de queratina, um processo denominado queratinização,
causa um endurecimento destas células, levando à desintegração de seus núcleos
e consequente morte.
Os melanócitos
Os melanócitos são células grandes presas no
topo da papila dérmica, que produzem o pigmento melanina e o transferem aos
queratinócitos, que formam o córtex da fibra capilar. Os melanócitos usam seus
dendritos para injetar os pequenos grânulos de pigmento. Deste modo, o cabelo é
incolor no início. Diferentemente da pele, os melanócitos do folículo piloso
não precisam da luz do sol para produzir melanina.
Estrutura do fio
A cutícula
A cutícula é o envelope externo da fibra do
cabelo. As células que a formam se chamam “escamas” e são extremamente pequenas
e incolores. Elas são unidas por um cimento intercelular rico em lipídios,
sobrepondo-se umas às outras como telhas, formando camadas de 3 a 10 células.
Como as extremidades livres das células estão orientadas para a ponta do
cabelo, elas podem exercer seu papel principal que é proteger o córtex. A
cutícula é a parte do cabelo sujeita aos ataques diários e as propriedades
cosméticas dos produtos para cabelo dependem de seu estado.
O córtex
O córtex é o corpo real da fibra.
Representando 90% de seu peso total, ele é formado por células preenchidas por
queratina e é esta organização que dá à fibra suas propriedades marcantes. Ao
longo da maturação do cabelo, estas células corticais se tornam alongadas e
chegam a atingir cerca de 100 micrômetros. Arranjadas ao longo do cabelo, elas
são mantidas por uma substância intercelular composta por queratina flexível,
rica em lipídios. E é também no córtex que os grãos de melanina que dão cor ao
cabelo são encontrados. A sua única forma de proteção é uma fina camada de sebo
e a cutícula.
A medula
A medula, ou canal medular, está situada no
centro da fibra e sua presença ao longo do cabelo, geralmente, é descontínua ou
até ausente. Parece que as células que a compõem rapidamente degeneram,
deixando espaço para bolhas de ar. Em humanos, o seu papel ainda é
desconhecido, porém, em alguns animais, esta estrutura alveolar parece possuir
um papel essencial na termorregulação.
Imagem : Hair Fluffy
Fonte: Apostila "Bioquímica do cabelo" - Instituto de química - USP -2005
Fonte: Apostila "Bioquímica do cabelo" - Instituto de química - USP -2005
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